O Metaverso é um universo digital e interativo de realidade aumentada. Nesse mundo, é possível realizar trabalho remoto, participar de reuniões e, principalmente, comprar, vender e alugar bens móveis e imóveis. Porém, por ser tão recente, não há nenhuma legislação brasileira em vigor que regularize essa nova modalidade de negócio.
O conceito de Metaverso se tornou popular com a declaração de Mark Zuckenberg no final de 2021, o qual afirmou que o Grupo Facebook passaria por um reposicionamento (rebranding) da marca, passando a se chamar “Meta”, a qual estará acima dos seus produtos, dentre eles o próprio Facebook, Instagram e WhatsApp. Dentre seus objetivos, está justamente a incorporação no Metaverso.
Metaverso nada mais é do que um universo digital e interativo. Nesse mundo, é possível realizar trabalho remoto, participar de reuniões e, principalmente, comprar, vender e alugar bens móveis e imóveis.
Ou seja, é um local onde o real e o virtual se misturam. É um ambiente em que as pessoas poderão se encontrar, interagir e viver diversos tipos de realidade, sem sair do lugar e de forma bastante imersiva, com a presença de elementos virtuais como parte da nossa realidade.
Além disso, será possível fugir da realidade, visitar lugares impossíveis e, até mesmo, assumir a identidade de alguém totalmente diferente.
Com o Metaverso, o que era possível apenas por meio de livros, filmes e séries, se tornará realidade.
Essa ideia de uma experiência completamente imersiva veio do livro “Os Óculos de Pigmaleão”, escrito em 1935 por Stanley G. Weinbaum. Foi a primeira vez que a ficção trouxe um aparato tecnológico (óculos) que fosse capaz de passar a sensação de realidade:
“Um óculos que ativa um filme que dá visão e audição [...], paladar, olfato e tato. [...] Você está na história, fala com as sombras e elas respondem, no lugar de uma tela, a história é toda sobre você e você está nela”. (G. WEINBAUM, Stanley. Os Óculos de Pigmaleão, 1935).
Já o conceito de Metaverso foi idealizado pela primeira vez em 1992 pelo escritor Neal Stephenson, no livro “Snow Crash”:
“Metaverso é uma rede persistente, de mundos e simulações renderizadas em tempo real e 3d que oferecem identidade contínua a objetos, história e direitos que podem ser experimentados de forma síncrona por um número ilimitado de usuários, cada um com sua presença individual” (STEPHENSON, Neal. Snow Crash.1992)
A obra é um clássico do “pós-cyberbunk, e conta a história do jovem “Hiro”, um entregador de pizzas que, buscando fugir da sua realidade, deixa seu emprego e, por meio de aparatos tecnológicos, entra no Metaverso e viver como um Príncipe Samurai.
No decorrer do livro, as visitas esporádicas evoluem numa missão de salvar a humanidade de um vírus misterioso.
O livro foi a precursor de uma série de obras na cultora pop que tratam do tema, tais como Matrix, Black Mirror e Jogador nº 1, todos abordando histórias em que o personagem principal tem acesso a uma realidade virtual alternativa e experiência imersiva, que se confundem com a realidade.
Além disso, de diversos jogos eletrônicos que levavam o jogador a viver uma realidade paralela. Dentre os mais famosos, estão: “Second Life”, “Pokémon GO”, “Minecraft”, “Roblox”, “Fortnite”, dentre outros.
O jogo “Second Life” levava para a plataforma online diversos aspectos da vida real, como mercado imobiliário, sistema financeiro e moeda próprios, de forma que empresas físicas abriram filiais digitais.
Também, o jogo “Fortnite”, busca cada vez mais proporcionar uma experiência imersiva aos jogadores, proporcionando em seu “mundo virtual” apresentações em tempo real de diversos artistas, tais como Dj Marshmello, Ariana Grande, BTS, J Balvin, Kaskade e Travis Scott.
Dentre as vantagens do Metaverso, está o aumento da produtividade, aproximação de pessoas em outros lugares do mundo, avanço da telemedicina, ambiente de ensino mais imersivo e maior escana nos negócios varegistas.
Por outro lado, há quem aponte como desvantagens o risco à exposição de dados sensíveis e o aumento da dependência humana em relação à tecnologia.
Porém, embora grandes empresas já estejam investindo maciçamente na área, o Metaverso idealizado é algo que ainda levará alguns anos para ser totalmente concretizado, pois não dispomos da tecnologia necessária para a tua implementação e funcionamento completo.
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Por Felipe W. Dias.
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